terça-feira, 28 de abril de 2009

Aniversário de nosso Santo Fundador

No dia 21 de abril, mais uma vez a Família Palotina se reuniu, para comemorar o aniversário de nosso Santo Fundador, São Vicente Pallotti, no Encontro Regional da União do Apostolado Católico, que este ano se realizou em Vila Valqueire, na paróquia Divina Misericórdia. Deste Encontro participaram membros da UAC das paróquias de São Sebastião de Itaipu, Nossa Senhor da Fátima (Pendotiba), São Roque (Vila Valqueire), Divina Misericórdia, Santa Isabel (Bento Ribeiro), São Benedito (Itaperuna), também os padres, seminaristas e noviços palotinos, além de todos aqueles que desejavam conhecer um pouco mais essa grande obra de São Vicente Pallotti.Iniciando este dia de festa,tivemos uma grande acolhida, com café da manhã e logo após um momento de oração dirigido pelo pe. João Sopicki SAC, atual pároco da Divina Misericórdia. Depois das apresentações gerais, algumas disposições sobre a UAC nos foram dirigidas pelo pe. João Pedro Stawicki SAC, presidente do Conselho Nacional da UAC.

Em seguida, aconteceu a celebração da Santa Missa, co-celebrada por todos os padres palotinos presentes (Pe. Estêvão Lewandowski, Pe. Tadeu Domanski, Pe. Lucas Kaczmarek, Pe. Marcos Karny, Pe. Jacinto Wojcik, Pe. João Antônio Baraniecki, Pe. Jorge Chmielecki, Pe. Cristóvão Sopicki, Pe. João Sopicki e Pe. Luís Maurício) e presidida pelo Pe. João Pedro Stawicki SAC, atual Superior Regional da Região Mãe da Misericórdia.

Durante a missa, foram realizados novas admissões na União do Apostolado Católico, através do Ato de Empenho Apostólico, manifestação do desejo de todos aqueles que se sentiram chamados a colaborar com a obra missionária de São Vicente Pallotti, se comprometendo, assim, a oferecer toda a sua disponibilidade ao trabalho de evangelização, pela salvação do próximo e a de si mesmo, sendo essa uma das fortes bases do carisma palotino. Entre estes novos membros, uma agradável surpresa foi a presença do Pe. Luís Maurício, padre diocesano, que demonstrou todo o seu respeito e admiração pela obra e espiritualidade palotina, e que foi para nós neste dia um grande exemplo de quão acolhedora é a obra de São Vicente Pallotti, que deseja acolher a todos sem distinções.
Também foram feitas as renovações do empenho apostólico, a confirmação daqueles que há muito já disseram o seu SIM ao chamado principal, que é o de Jesus Cristo, através de São Vicente Pallotti.
Após a belíssima cerimônia, todos foram convidados ao momento de confraternização e partilha, no almoço oferecido, que mais uma vez terminou com clima de alegria, tão característico da Família Palotina. A cada encontro renovamos também a nossa fé, renovamos a nossa vontade de servir e principalmente, renovamos a alegria de sermos palotinos de coração!
Carol Souza

Encontro dos formadores palotinos em Wadowice

Do dia 05 ao dia 08 de fevereiro de 2009, os formadores e formadoras palotinos da Polônia e países vizinhos, ligados às Unidades polonesas, participaram de um encontro, em Wadowice – Noviciado da Província Cristo Rei, nossa casa mãe. Esse encontro acontece uma vez por ano e está se tornando uma tradição.

Além dos dois Superiores Maiores: Pe. Kazimierz Czulak SAC, Provincial da Província da Anunciação do Senhor e o Pe. Jozef Lasak SAC, Provincial da Província Cristo Rei, vinte e um confrades e cinco irmãs palotinas missionárias de diversas localidades participaram do encontro, a saber: Polônia, Ucrânia, Eslováquia e República Tcheca – todos empenhados nas diversas etapas do trabalho formativo: pastoral vocacional e formação permanente.

Os primeiros dois dias do encontro foram coordenados pelo Pe. Jan Miczynski, professor de espiritualidade da universidade Católica de Liubliana e padre espiritual do seminário da arquidiocese de Liubliana. Ele desenvolveu o tema sobre os fundamentos da formacão, isto é, o anúncio do kerigma e a formação humana.
Estava previsto, para os dois primeiros dias do encontro, momento de formação para os formadores, mas foi inserido no programa momentos prolongados de leitura orante da Palavra de Deus, adoração ao Santíssimo, oração comunitária e momentos de partilha em pequenos grupos. A recreação comunitária foi também o ponto alto do encontro, pois possibilitou maior entrosamento entre os participantes e contribuiu para uma maior colaboração.

No último dia, foi programado um trabalho específico sobre a realidade concreta da formação palotina na Polônia. Conforme a recomendação dos dois superiores maiores e das conclusões do encontro anterior, de 2008, em Wrzosow, foi discutido o tema da atualização da dinâmica do postulado e do período introdutório na província polonesa da SAC. À luz da Ratio Institutionis e com base na experiência dos responsáveis por esta etapa da formação, foram formuladas algumas observações interessantes, que servirão para ulterior trabalho de atualização.

Para concluir, além da experiência que cada encontro proporciona: conteúdo, discussões e conclusões comuns, foi de grande valia o fato de estarmos reunidos. Independente do período de formação do qual somos responsáveis, esse tipo de encontro ajuda-nos a sentirmos parte integrante e indispensável de toda obra formativa; daquela formação que fala a Ratio Institutionis – seguindo os documentos da Igreja – como “um modo teológico de pensar a mesma vida consagrada, que é em si uma formação nunca terminada, participação na ação do Pai que, mediante o Espírito, plasma no coração os sentimentos do Filho” (Ratio, n. 317).

Pe. Mariusz Malkiewicz, SAC
Konstancin-Jeziorna, Polônia

sexta-feira, 24 de abril de 2009

JESUS NOS REVELA AS ESCRITURAS

No início do Evangelho de hoje, vemos os discípulos de Emaús dando o seu testemunho. Tinham encontrado Jesus Ressuscitado ao partir do Pão. Porém enquanto Jesus explicava-lhes as Escrituras, eles não o tinham reconhecido ainda. Nessa segunda aparição, Nosso Senhor deu-lhes a graça de reconhecê-lo nas Escrituras: “Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras” (Lc 24,45) Sem o contacto vivo com a Pessoa de Jesus Ressuscitado, as Escrituras permanecem um Mistério fechado.

Por exemplo, o Salmo de hoje: “Fazei brilhar sobre nós Senhor a luz do vosso rosto” (Salmo 4,7) Embora o ser humano ansiasse por contemplar a face de Deus, isso era-lhe proibido. Mesmo Moisés, amigo do Senhor não o pode contemplar: “«Mas tu não poderás ver a minha face, pois o homem não pode contemplar-me e continuar a viver.» O Senhor disse: «Está aqui um lugar próximo de mim; conservar-te-ás sobre o rochedo. Quando a minha glória passar, colocar-te-ei na cavidade do rochedo e cobrir-te-ei com a minha mão, até que Eu tenha passado. Retirarei a mão, e poderás então ver-me por detrás. Quanto à minha face, ela não pode ser vista.” (Ex 33,20-23) Só Jesus revela ao homem a face Misericordiosa de Deus Pai: “Porque o Deus que disse: das trevas brilhe a luz, foi quem brilhou nos nossos corações, para irradiar o conhecimento da glória de Deus, que resplandece na face de Cristo.” (2 Cor 4,6)

Outras passagens admiráveis do Antigo Testamento são reveladas no Mistério Pascal de Cristo. Por exemplo: “Acaso pode uma mulher esquecer-se do seu bebé, não ter carinho pelo fruto das suas entranhas? Ainda que ela se esquecesse dele, Eu nunca te esqueceria. Eis que Eu gravei a tua imagem na palma das minhas mãos.” (Is 49,15-16) Mesmo santos como São Vicente Pallotti, reconheciam-se como “nada e pecado”. Como acreditar que estivéssemos gravados na palma das mãos de Deus? Jesus ressuscitado nos revela esta passagem, quando mostra aos Apóstolos as mãos e os pés que ainda trazem as marcas da sua paixão. De facto, com aqueles cravos, ficamos gravados nas palmas das suas mãos. Em outra passagem: " Visto que és precioso aos meus olhos, que te estimo e te amo, entrego reinos em teu lugar, e nações, em vez da tua pessoa.” (Is 43,4) Hoje cada fiel pode, em Cristo, ver revelada esta passagem. Basta colocá-la escrita ao pé de cada crucifixo.

Também o dom da paz permanece um mistério no Antigo Testamento, pois as guerras e tribulações do povo de Israel seguiam-se umas às outras. É Jesus quem revela a natureza dessa paz, quando, nas suas aparições de Ressuscitado comunica-a aos presentes. Essa paz não é a ausência de contrariedades. Os Apóstolos, como sabemos, foram perseguidos por causa de Cristo. Essa Paz é fruto da conversão, do arrependimento e do perdão dos pecados que temos em Jesus Cristo: “que havia de ser anunciada, em seu nome, a conversão para o perdão dos pecados a todos os povos, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas destas coisas.” (Lc 24,47-48) No final da primeira leitura vemos o Apóstolo S. Pedro sendo fiel a esse mandato de Cristo: “Arrependei-vos, portanto, e convertei-vos, para que os vossos pecados sejam apagados; e, assim, o Senhor vos conceda os tempos de conforto…” (Actos 3,19) São João escreveu o mesmo em sua Carta: “Filhinhos meus, escrevo-vos estas coisas para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos junto do Pai um advogado, Jesus Cristo, o Justo, pois Ele é a vítima que expia os nossos pecados, e não somente os nossos, mas também os de todo o mundo.” (1Jo 2,1-2)

Sem esse recurso confiante à Divina Misericórdia para conformar a vida à vontade de Deus não pode haver paz. Sobre isso diz o papa Bento XVI: “"Que o Senhor... te conceda a paz!" (Nm 6, 26); o Senhor conceda a paz a cada um de vós, às vossas famílias, ao mundo inteiro. Todos desejamos viver em paz, mas a paz verdadeira…, não é simples conquista do homem ou fruto de acordos políticos; é antes de tudo dom divino que se deve implorar constantemente e, ao mesmo tempo, compromisso que se deve levar em frente com paciência permanecendo sempre dóceis aos mandamentos do Senhor.”

Para as células de Evangelização:
Uma das concretizações desta paz, dom de Cristo Ressuscitado é a paz nas famílias. O Papa Bento XVI escreveu para o dia mundial da Paz: “A família natural, fundada no matrimónio entre um homem e uma mulher, é "berço da vida e do amor" e "a primeira e insubstituível educadora para a paz". Precisamente por isso a família é "a principal "agência" de paz" ; e "a negação ou também a restrição dos direitos da família, obscurecendo a verdade do homem, ameaça os próprios fundamentos da paz." Como os jovens, hoje em dia, vêem a família? Em que a Igreja pode colaborar para aumentar nos jovens a esperança de constituir uma família bem fundada e estável?

Pe. Marcelo

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Aniversário de São Vicente Pallotti

No coração da Amazônia o aniversário de 214 anos do nascimento de São Vicente Pallotti foi celebrado com grande animo e entusiasmo. Já na parte da manhã na paroquia Nossa Senhora da Glória, Pe. Stanislaw Krajewski SAC convidou pessoas doentes da paroquia, para participarem da Santa Missa durante a qual, receberam o sacramento da unção dos enfermos. Depois da missa mais de cem pessoas participaram do café da manhã no salão paroquial. A celebração central do aniversário de nascimento do nosso Santo Fundador foi a noite durante a eucaristia presidida por Frei Edilson Rocha OFM e concelebrada pelo padre: Stanislaw e pela comunidade palotina de Novo Airão: Pe. José Maslanka SAC e Pe. Artur Karbowy SAC. Na Eucaristia participaram várias pessoas leigas, membros da União do Apostolado Católico. Durante a homilia Pe. Stanisław destacou a obrigação de cada batizado em pregar o evangelho para cada pessoa. Para lembrar as obrigações da pessoa batizada todos foram convidados a serem testemunhas de batismo de duas adolescentes: Nayara e Maia. Elas participam do grupo Infância Palotina e nesse grupo prepararam-se para o próprio batismo.
Tendo o exemplo do nosso Pai Vicente querem elas anunciar o evangelho no lugar onde estudam e vivem. Claro que na celebração participaram mais de trinta adolescentes do grupo da Infância Palotina. Antes da benção final elas leram para todas as pessoas o “Apelo ao Povo” escrito pelo santo Vicente Palloti, convidando assim todos para evangelizar em seu ambiente.


Mesmo com tanta atividade, isso ainda não foi o último ponto da celebração de 214 anos de nascimento de São Vicente Pallotti. Depois da Missa no salão paroquial aconteceu a entrega do prêmio “Oscar Paroquial” para os melhores atores da Paixão de Cristo apresentado na Sexta- Feira Santa. Pe. Stanislaw entregou prêmio de São Vicente Pallotti para o mais novo e o mais velho ator. Bruno de seis anos recebeu uma imagem de anjo e Geraldo de 44 anos recebeu uma imagem do seu padroeiro.
O dia festivo de aniversário do nosso Santo Fundador terminou com uma partida interessante de xadrez entre o Pe. José e o Pe. Stanislaw.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

PARÓQUIA SÃO BENEDITO E A FESTA DA MISERICÓRDIA EM ITAPERUNA-RJ

O Domingo da Festa da Misericórdia foi iniciado na Paróquia São Benedito na Santa Missa das 7h 30min com a introdução – em procissão solene - da imagem de Jesus Misericordioso, de mais ou menos 70cm de altura. A mesma foi esculpida em bronze pela escultora mexicana, Georgina.

A referida imagem foi benta e colocada em destaque no altar, exaltando assim a Misericórdia do Ressuscitado. Na Missa das 9h 30 min, as crianças da catequese, diante da citada imagem, louvaram Jesus Misericordioso com a reza do Terço da Misericórdia cantado.Às 13h 30min, os fiéis, em carreata, dessa Paróquia e das demais paróquias em cada bairro da Cidade, saíram com o quadro de Jesus Misericordioso, ornamentado, atravessando toda a Cidade, entoando cânticos de alegria e louvor por essa importante Festa conclamada, ordenada e revelada por Jesus através da Santa Faustina. Festa essa realizada em exaltação a Sua Divina Misericórdia.
Ao chegarem, no local de concentração (Clube Itapuã), todos os fiéis participaram da abertura com louvor a Jesus Misericordioso e da palestra: Jesus, convosco tudo posso. Às 15h, os fiéis, pertencentes às seis paróquias da Cidade, piedosamente e em profunda devoção e confiança, rezam o Terço da Misericórdia, cantado solenemente. Após, há mais um momento de louvor em agradecimento a Jesus pela graça que Ele concede a todos que se dirigem com confiança à Sua Misericórdia.
Um grupo de paroquianos da Paróquia São Benedito, apresentou um teatro, contando parte da origem dessa Festa através de fatos da vida e dos registros do Diário da Santa Irmã Faustina. E, às 16h 30min, o ponto mais alto da Festa da Misericórdia: a Celebração da Santa Missa, concelebrada pelos 5 padres de 4 paróquias, das quais 3 são administradas por palotinos, seguida da Adoração do Santíssimo exposto.

Esta festa é um momento divino e de muitas graças. Tanto os fiéis quanto os sacerdotes ao celebrarem-na, com júbilos, cumprem o pedido e desejo de Jesus quanto à devoção e divulgação da mesma, distribuindo assim aos nossos corações as graças do Coração Misericordioso de Jesus.

Toda a organização da mesma foi realizada pela Paróquia São Benedito em conjunto com as demais paróquias e havia, aproximadamente, 1500 fiéis.

Desejamos que cheguem ao maior número de pessoas as graças de Jesus Misericordioso concedidas neste dia.

Paróquia São Benedito.
Por Mª Mercedes

Fotos da Festa da Divina Misericórdia no Rio de Janeiro















sexta-feira, 17 de abril de 2009

DOMINGO DA DIVINA MISERICÓRDIA

Chegamos finalmente ao Domingo da Divina Misericórdia, ou como tradicionalmente se diz, Domingo “in albis”, pois neste dia os recém-baptizados na Páscoa ainda traziam as suas vestes brancas, símbolo da pureza de alma que a Divina Misericórdia, pelo sacramento do Baptismo, lhes tinha conferido.

Com o decreto do Santo Padre João Paulo II no ano 2000, a Igreja só veio a explicitar algo que já existia, ou seja, que este Domingo fosse um dia de especial louvor deste que é o maior atributo de Deus: a Sua Divina Misericórdia. Quando Jesus ordenou a santa Faustina que lutasse pela implantação da Festa da Misericórdia na Igreja, ela respondeu: “Estou muito admirada por me mandares falar da Festa da Divina Misericórdia, visto que esta festividade - dizem-me- já existe. Então por que devo falar dela?” Respondeu-me Jesus: - “E quem é que de entre os homens sabe algo dela? Ninguém! E até aqueles que devem divulgar e ensinar as pessoas a respeito desta Misericórdia, eles próprios, muitas vezes não o sabem. Por isso, desejo que essa Imagem seja solenemente benzida no primeiro Domingo depois da Páscoa e que receba pública veneração, para que todas as almas o possam vir a saber.” (Diário 341) Este quadro de Jesus Misericordioso é como que uma expressão plástica das leituras que a liturgia traz neste dia. Na segunda leitura vem dito: “E este é o poder vitorioso que venceu o mundo: a nossa fé. E quem é que vence o mundo senão aquele que crê que Jesus é Filho de Deus? (1Jo 5,4-5) Esta vitória acontece pois Jesus nos dá duas “coisas” que a lei não dava: A Lei, inclusive os dez mandamentos, nos dão o conhecimento do pecado, que já é uma grande coisa; Mas não dá o que realmente precisamos, que é o perdão dos pecados já cometidos e a força para cumprir os mandamentos de Deus. É isto, precisamente, o que Jesus nos vem dar. Por um lado, o perdão, simbolizado nos raios brancos da imagem de Jesus Misericordioso, símbolo do Baptismo e da Confissão que são os sacramentos que purificam as almas; por outro, a força de cumprir os mandamentos de Deus, de modo especial o da caridade, que nos vem da Eucaristia, simbolizada nos raios vermelhos. Cumpre-se assim o que segue a essa passagem: “Este, Jesus Cristo, é aquele que veio com água e com sangue; e não só com a água, mas com a água e com o sangue. E é o Espírito quem dá testemunho, porque o Espírito é a verdade “(1 Jo 5,6) Com a água, nos dá o perdão, com o sangue (Eucaristia), nos dá a força para cumprir os seus mandamentos.

São Vicente Pallotti escreveu certa vez: “Eterno Pai, em união com todas as criaturas, especialmente com Jesus e Maria Santíssima, eu quisera ter-vos oferecido e oferecer-vos, por toda a eternidade e em cada momento, o Sangue Preciosíssimo do próprio Jesus Cristo, e os méritos de Maria Santíssima e de toda a corte celeste, em agradecimento como se já me tivésseis concedido todas as graças, como se já me tivésseis tornado impecável, e como se já me tivésseis dado o paraíso, sem ir ao purgatório. (OO CC XI) Poderíamos pensar: -“Ir para o céu, sim, tenho firme esperança, mas sem passar pelo purgatório talvez exceda a ambição espiritual da maioria dos fiéis.” Mas recobremos ânimo. Justamente para dar-nos novo alento, Nosso Senhor quis para a Igreja a Festa da Divina Misericórdia e disse sobre este tempo de graça: “Derramo todo um mar de graças sobre aquelas almas que se aproximarem da fonte da Minha Misericórdia. A alma que for à Confissão e receber a Sagr. Comunhão obterá remissão total das culpas e das penas... A humanidade não terá paz enquanto não se voltar para a Fonte da Minha Misericórdia.” (Diário 699) Em Junho de 2002 o Papa João Paulo II regulamentou, para toda a Igreja esse desejo expresso de Nosso Senhor: “Concede-se a Indulgência plenária nas habituais condições (Confissão sacramental, Comunhão eucarística e orações segundo a intenção do Sumo Pontífice) ao fiel que no segundo Domingo de Páscoa, ou seja, da "Misericórdia Divina", em qualquer igreja ou oratório, com o espírito desapegado completamente da afeição a qualquer pecado, também venial, participe nas práticas de piedade em honra da Divina Misericórdia, ou pelo menos recite, na presença do Santíssimo Sacramento da Eucaristia, publicamente exposto ou guardado no Tabernáculo, o Pai-Nosso e o Credo, juntamente com uma invocação piedosa ao Senhor Jesus Misericordioso (por ex., "Ó Jesus Misericordioso, confio em Ti").” (Cf. www.vatican.va) Só podemos dizer como no Salmo de hoje: “Dai graças ao Senhor porque Ele é bom, porque é eterna a sua Misericórdia.” (Sl 117)

Para as Células de Evangelização.
Na primeira leitura com o relato da partilha de bens que existia no início da Igreja, vemos que a Misericórdia é uma via de mão dupla. Recebemos de Deus e precisamos retribuí-la a quem necessita. Quais as realidades de Igreja, nos dias de hoje, em que mais viste este espírito de partilha concreta? Onde ainda precisa crescer?

Pe. Marcelo

domingo, 12 de abril de 2009

Eis o dia da nossa salvação!

O mundo vivia nas trevas, mas foi atingido por uma grande Luz. Esta Luz já fora percebida e anunciada pelos pastores e despercebida e ignorada por Herodes, pois, as trevas eram sua companheira de estrada.
Aquela mesma Luz que brilhou em Belém e que fora anunciada pelos anjos aos pastores, agora ressurge de maneira gloriosa, saindo do sepulcro vazio. Deus desceu aos infernos, à mansão dos mortos, para evangelizar os patriarcas e profetas e a todos aqueles que esperaram ansiosos pelo Messias. Agora foram despertados do eterno sono para contemplarem a sua face e viver na sua glória.

“O Senhor entrou onde eles estavam, levando em suas mãos a arma da cruz vitoriosa. Quando Adão, nosso primeiro pai, o viu, exclamou para todos os demais, batendo no peito e cheio de admiração: ‘O meu Senhor está no meio de nós’. E Cristo respondeu a Adão: “E com teu espírito”. E tomando-o pela mão, disse: “Acorda, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará'”.

“Eu sou o teu Deus, que por tua causa me tomei teu filho; por ti e por aqueles que nasceram de ti, agora digo, e com todo o meu poder, ordeno aos que estavam na prisão: 'Saí!'; e aos que jaziam nas trevas: ‘Vinde para a luz!’; e aos entorpecidos: ‘Levantai-vos!’”

“Eu te ordeno: Acorda, tu que dormes, porque não te criei para permaneceres na mansão dos mortos. Levanta-te dentre os mortos; eu sou a vida dos mortos. Levanta-te, obra das minhas mãos; levanta-te, ó minha imagem, tu que foste criado à minha semelhança. Levanta-te, saiamos daqui; tu em mim e eu em ti, somos uma só e indivisível pessoa”. (Homilia do grande sábado santo – Lit. Horas II, p. 439).

Bendito seja o Senhor, que se compadeceu de seu povo e lhe deu uma nova vida.

FELIZ PÁSCOA!

sexta-feira, 3 de abril de 2009

O “LIVRO” DA PAIXÃO DE CRISTO

Chegamos finalmente ao domingo de Ramos e da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Além disso este Domingo é o Dia Mundial da Juventude. Ao contrário do que alguns pensam, a juventude não é o tempo de se viver com ligeireza. Com alegria sim, e muita; mas não com superficialidade. É o tempo onde se tomam decisões das quais dependerão todo o encaminhamento da vida adulta. A Palavra de Deus nos afirma: “Ele dirige os passos dos seus santos, mas os ímpios perecerão nas trevas; porque homem algum vencerá pela sua própria força.” (1 Sm 2,9) E ainda: “Mostra-me, Senhor, os teus caminhos e ensina-me as tuas veredas. Dirige-me na tua verdade e ensina-me, porque Tu és o Deus meu salvador. Em ti confio sempre.” (Sl 25,4-5) Imaginemos um escuteiro perdido numa floresta numa noite escura. O problema não é que ele não tenha nenhum caminho. O problema é que ele tem muitos caminhos, mas não sabe “O Caminho”. Pode ficar a noite inteira a andar sem chegar a lugar nenhum. Aqui vem a promessa do Senhor: “Ele dirige os passos dos seus santos, mas os ímpios perecerão nas trevas; porque homem algum vencerá pela sua própria força.” (1 Sm 2,9) O Jovem Nosso Senhor Jesus Cristo viveu plenamente este caminho de discipulado, deixando-se guiar pelas mãos providentes e amorosas do Pai: “Cada manhã desperta os meus ouvidos, para que eu aprenda como os discípulos. O Senhor Deus abriu-me os ouvidos, e eu não resisti, nem recusei.” (Is 50,4-5) O deixar-se guiar por Deus nos caminhos da vida, não isentou Jesus dos sofrimentos, e não isenta os seus discípulos. Porém, garante que a nossa vida será um caminho com sentido e que, guiada por Deus, mesmo se humilde e escondida aos olhos do mundo, produzirá um fruto que permaneça. (Cf. Jo 15) Neste sentido, o mistério da Cruz e Ressurreição do Senhor é caminho de discipulado de toda vocação cristã, e por isso, devemos pensar nela com muita frequência, de modo especial nesta semana, mas também no resto do ano.

O “livro” da Paixão do Senhor é aquele que tanto as pessoas iletradas como os grandes teólogos encontram a ciência do Amor de Deus. Sobre isso escreveu Santo Afonso de Ligório: “…O mesmo deve ser dito daqueles católicos que crêem, como fazem eles na Paixão de Cristo, mas não pensam nela. Oh, se todos os homens pensassem no amor que Jesus Cristo nos demonstrou na Sua morte, quem seria capaz de não amá-lo? Foi com esse objectivo, diz o Apóstolo Paulo, que nosso amado Redentor morreu por nós, para que, pelo amor que nos demonstrou na sua morte, Ele pudesse tornar-se o possuidor dos nossos corações… Portanto, quer vivamos ou morramos, é apenas porque pertencemos inteiramente a Jesus que nos salvou por um preço tão alto.”

Portanto, não devemos apenas crer que Jesus morreu por nós, mas pensar muito frequentemente na sua Paixão. Nosso senhor Jesus Cristo chegou a afirmar a Santa Faustina que: “Uma hora de reflexão sobre a Minha dolorosa Paixão tem maior mérito do que um ano inteiro de flagelação até o sangue; a reflexão sobre as minhas dolorosas Chagas é muito proveitosa para ti, e a Mim causam-me grande alegria.”

Abrindo o “Livro” da Paixão do Senhor nesta Semana Santa, devemos lê-lo não de forma geral, como se nós nos perdêssemos no mar de bilhões de seres humanos por quem Cristo sofreu. São Vicente Pallotti depois de celebrar a Santa Missa e estar a fazer a acção de graças após a Comunhão, teve esta mesma luz da parte do Senhor: Que a obra da redenção não foi feita para toda a humanidade em geral, mas por cada pessoa singularmente. Assim se confirma a frase de São Paulo que queremos fazer nossa: “E a vida que agora tenho na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus que me amou e a si mesmo se entregou por mim." (Gálatas 2,20) Cristo não quer nos prender com correntes, como quem anula a nossa liberdade, mas com laços; sim laços de amor que devemos, por nossa livre vontade, querer que sejam cada vez mais fortes.

Oremos: Sim, Senhor, queremos meditar na sua Paixão. Quero dizer com a voz e a vida: “Cristo amou-me e se entregou por mim.”

Para os grupos de partilha das células:Que lição já tiraste para tua vida de alguma parte da paixão do Senhor?

Pe. Marcelo

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Retiro da UAC- Itaipu

No próximo dia 21 de Abril, dia do aniversário de São Vicente Pallotti, nós palotinos vamos nos reunir para o X Encontro Regional da UAC. Neste encontro teremos a renovação do Ato de empenho dos membros admitidos e as novas admissões. Tendo em vista este encontro, nós Membros da Uac da Paróquia de São Sebastião participamos de um retiro, dirigido pelo nosso vigário paroquial Pe. Akácio.Nos dias 28 e 29 de março, na casa da comunidade Santos Anjos, todos os membros da UAC- Itaipu e alguns convidados participaram do retiro. Teve inicio com a Santa Missa, na capela N.S. Rainha dos Anjos. Seguido da missa, dirigimo-nos para a casa da comunidade Santos Anjos, onde tomamos um delicioso café partilhado. Ainda pela manhã tivemos a primeira pregação, onde o Pe. Akacio falou sobre a missão de cada batizado, dividindo assim o nosso retiro em 3 partes. A Primeira parte pregando sobre o Múnus Profético, a segunda sobre o Múnus Real e o terceiro sobre o Múnus Sacerdotal. Então na primeira parte, no sábado de manhã, tratando do Múnus profético, mostrou -nos a importância de sermos sinal, através dos nossos atos, da nossa própria vida. Sendo profetas precisamos deixar que Deus fale através de nós. E se somos chamados a ser profetas, temos que anunciar a verdade, a verdade revelada por Deus, e não o que pensamos ou que achamos. Precisamos seguir as escrituras a doutrina e os ensinamentos da igreja.

Depois desta primeira pregação, tivemos o almoço e um tempo de descanso, que foi também um tempo proveitoso para a partilha com todos. Á tarde entramos na segunda parte da pregação sobre o múnus Real. Neste ficou claro a importância que damos aos dons do Espírito Santo e as Virtudes Cardeais. Que nos ajudam a viver segundo a vontade de Deus, mostrando os meios de chegar a santidade, a fidelidade para com Deus. Depois da pregação, tivemos um momento de deserto e reflexão sobre os dois temas do dia. Após este momento de reflexão tivemos o lanche e ai voltamos e começamos a partilha, onde cada membro expressou seus sentimentos e pode falar sobre os temas do dia.

Terminada a partilha rezamos o terço da Divina Misericórdia que fechou o primeiro dia do retiro.

No Domingo pela manhã, após o café, Juliana Montesso começou a pregação, sobre o dia 21, falando e explicando um pouco mais sobre o ato de empenho, e organizando nossa festa deste dia. Depois teve inicio a Adoração ao Santíssimo Sacramento. Foi um momento de grande interiorização, onde adorando Jesus, recebemos muitas graças e bençãos, cantamos louvamos á Deus e partilhamos nossos sentimentos e emoções diante do Santíssimo e rezamos o terço da Misericórdia.

Depois da adoração almoçamos e tivemos um período de descanso. Seguindo a programação Pe. Akácio deu inicio a terceira e última pregação, sobre o Múnus Sacerdotal. Onde percebemos a importância do sacrifício, da doação, do serviço ao próximo e do serviço a Deus. Terminada a pregação rezamos e agradecemos á Deus por estes momentos de partilha e por todos os ensinamentos que tivemos, e seguindo todos foram participar da Santa Missa na Capela da Sagrada Família.
Particularmente este retiro foi maravilhoso e de grande aprofundamento, aprendizagem e reciclagem. Que renovou a nossa fé e reacendeu em nós o amor, a caridade e a vontade de servir fielmente a Deus.
Camille do Espírito Santo Santos