segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Dia do Catequista

No dia 28 de agosto, dia de santo Agostinho, padroeiro dos Catequistas, foi realizada na Paróquia de Nossa Senhora de Fátima em Pendotiba, uma missa pelo dia dos Catequistas do Vicariato Oceânico da Arquidiocese de Niterói, foi uma missa muito bonita, presidida pelo padre Josiel Azevedo SAC, onde ele, com a graça e infinita misericórdia de Deus falou sobre a missão do Catequista, dos desafios de levar a palavra de Deus , em um mundo tão conturbado, onde tudo leva ao afastamento de Deus e da Igreja, onde em meio a tantas tentações ainda conseguimos plantar nos corações dos catequizandos, a alegria e o amor de Deus.Como Catequista, penso que, deixamos que o próprio Espirito Santo haja por meio de nós, pois só assim, temos a capacidade de ainda, atrair essas crianças e jovens, onde em meio a salas de catequese, com tão poucos recursos e atrativos, com materiais tão "sem graça", a Graça de Deus vem habitar no meio de nós, para que, não deixemos que que o amor e o carinho que dedicamos a cada criança e jovem, seja superado pelas tentações que o mundo oferece.
Como discípulos de Emaús , sentimos, que o nosso coração ardia ainda mais , ao confirmar esse compromisso de fé, junto de tantos catequistas que ali estavam para celebrarmos o nosso dia, e que não há de modo algum, uma missão mais difícil e ao mesmo tempo mais prazerosa, do que levar a palavra de Deus, aos pequeninos, o quanto sentimos o carinho que eles nos retribuem, com gestos e palavras tão simples e sublimes que marcam a alma da gente, muito mais do que qualquer palavra de agradecimento.
No final da Santa Missa o padre Josiel, pediu que todos subissem ao altar, para que mais uma vez pudéssemos nos consagrar a Nossa Senhora, ela que foi a primeira catequista, e como mãe e catequista , ela sabe bem das dificuldades e dos prazeres que essa missão nos dá. Renovados no compromisso de amor e de fé, após a Santa Missa, tivemos um momento de confraternização , onde cada paróquia colaborou para isso, de maneira que todos participassem, com alegria e descontração, e podendo assim nos conhecermos melhor.

Como Catequista, agradeço a Jesus, por mais esse ano de dedicação, sei que enquanto estou cuidando de suas "ovelhinhas" para que elas não se percam, Ele cuida de mim.....
Obrigado Senhor, por me ter escolhido para colaborar nessa missão tão maravilhosa que é ser Catequista em sua Igreja.
Catari Viana do Espírito Santo Santos

Consagrar-te-ei

No dia 23, pela manhã, na paróquia de São Benedito, foi realizado o “Consagrar-te-ei”, um momento de discernimento vocacional promovido pelo Seminário Palotino da Região Mãe da Misericórdia. Estava presente uma banda do Rio de Janeiro, vinda da Paróquia São Roque do Rio de Janeiro. Participaram jovens e adolescentes da nossa paróquia e das paróquias N. Srª de Fátima e Stª Rita de Cássia. A Palestra central foi às 9h30min com o tema “Tu és meu filho, eu hoje te gerei”, ministrada pelo Reginaldo da Comunidade Trindade Santa, pertencente a Matriz São José do Avahy. Todo o Consagrar-te-ei foi organizado pelas três paróquias: São Benedito, N. Srª de Fátima e Santa Rita, através dos representantes de cada paróquia, Luís Fábio, Adriana e Lídia.
Coordenados pelo Pe. Gilmar SAC. Para esse encontro estavam presentes os padres Francisco SAC (Reitor do Seminário Palotino), Pe. Gilmar Simplício SAC, Pe. Rodrigo (Diocesano), Pe. Estevão Lewandowski SAC, as Irmãs Salvistas (Javistas), três Seminaristas do Seminário diocesano Mª Imaculada, quatro Seminaristas palotinos, sete noviços palotinos, coroinhas, acólitos e crismando da nossa Matriz.
Às 13h, todos os participantes do Consagrar-te-ei e os paroquianos e demais fiéis de outras paróquias se concentraram ao lado de nossa Matriz e, em caminhada, rezando e cantando seguiram em direção ao monumento do Cristo Redentor desta Cidade de Itaperuna, realizando assim mais uma Caminhada Vocacional.
Durante o trajeto houve apresentação de um teatro realizado pelos coroinhas de nossa paróquia (os Discípulos de Emaús). Ao chegar ao local, houve uma coreografia e a palestra ministrada pela religiosa Irmã Mª de Fátima, tendo como ponto central da Caminhada a Santa Missa campal.
Havia uma participação numerosa dos fiéis que se fizeram presentes nesse instrumento de catequese e oração pelas vocações! E com muita alegria, todos participaram da Santa Missa que foi celebrada pelos padres Francisco SAC (Reitor do Seminário) e Estevão Lewandowski SAC (Pároco da Paróquia São Benedito).

Mª Mercedes – Itaperuna/RJ Brasil

domingo, 30 de agosto de 2009

Agosto na Paróquia São Benedito de Itaperuna

Em comemoração ao Dia de São Tarcísio, padroeiro dos Ministros e dos coroinhas, a nossa comunidade participou da Missa festiva juntamente com os coroinhas, acólitos, ministros atuantes e ex ministros do período 2004 a 2009 convidados por Pe. Estevão, para esse momento de alegria e de ação de graças! Após a Santa Missa, todos comemoraram o dia do padroeiro com um jantar no salão Paroquial.A nossa Paróquia, São Benedito, através do empenho da paroquiana Luciene Machado, custeou a apresentação de dança dos portadores de deficiência que vieram de Macaé-RJ e se apresentaram no auditório do Teatro SESI, cedido a nós.
O custeio foi pago com os jantares promovidos nos finais de semana em nossa Matriz. Esse acontecimento foi por ocasião da Semana do Portador de Deficiência (que se realizou de 16 a 22).
O núcleo de dança é conhecido pelo nome Portadores de alegria e, é uma associação sem fins lucrativos. Nossa comunidade paroquial e amigos estavam lá prestigiando esse momento que segundo a impressão dos presentes foram mágicos, belos e de alegria.
Muito contente a Pastoral da Família realizou na nossa comunidade a Semana Nacional da Família, cuja abertura se deu com a Santa Missa e um teatro meditativo no Dia dos Pais.
E, durante cada dia da semana, foram realizados palestra e momentos descontraídos para a comunidade em nosso salão paroquial.
Encerrou-se as comemorações dessa Semana com a Santa Missa e um jantar para todos os participantes.
Foram momentos significativos de crescimento e fortalecimento para o convívio cristão em família.

Cristiano Nino

sábado, 29 de agosto de 2009

Catequista

CATEQUISTA! você é você. Você é missão, responsabilidade, humanismo, solidariedade. Você é um caminhar constante, irá sempre ao encontro.

O CATEQUISTA não espera, ele vai! Vai sem saber o que encontrar. Isto não importa. O importante é você ser dotado de paciência, de coragem e, sobretudo com a vontade de compreender.O CATEQUISTA vai! Por que vai? Porque sempre tem e terá alguém esperando.

CATEQUIZAR é aproximar, ouvir e estar junto, participar é sofrer e alegrar com alguém ou para alguém. Este alguém pode ser, a criança, o adulto, o velho, o enfermo, o menor carente ou uma pessoa que necessita de nossa atenção.

CATEQUISTA é aquele que vê no próximo um ser com possibilidades de ser transformado. Não é fazê-lo á nossa semelhança, mas sim avaliar suas potencialidades e deduzir até onde aproveita-las.
Ser CATEQUISTA é sentir-se responsável por uma igreja sinal de Deus Amor, Pai e Mãe, esperança dos aflitos e sofredores.
Ser CATEQUISTA não significa você ser o sábio, mas requer coração forte, vontade firme.
O CATEQUISTA não desiste! A derrota de hoje, pode estar na vitória do amanhã. Acreditamos que na função missionária de catequizar, é ter também a capacidade mental de experimentar, muitas vezes a derrota. Pelo fato, segundo nossa avaliação a sensação de nada ter conseguido! Então a resposta para si mesmo é: MISSÃO CUMPRIDA.
Repetir com convicção: Vou continuar! É preciso fundamentar essa vocação com a leitura da Palavra de Deus, aprendendo dos simples, ter olhos abertos, atentos á realidade; ter coração humano, fraterno, é ser continuador de Cristo entre os humilhados. Vamos ser catequistas renovados, inculturados, sem medo, profetas. Criem pistas de saída; procurem fontes abastecedoras; planejem caminhadas, participem da comunidade. Valorizem-se! Estimulem-se! Unam-se catequistas de nossa cidade. Chegou a hora da catequese viva, eficaz, transformadora.
CATEQUISTA valorize a sua hora, é a hora dos profetas, não se cale. Não deixe a palavra de Deus morrer afogada no poço do medo. Seja profeta, porta-voz de Deus-Amor.
A Igreja está com você!
Parabéns pelo seu dia!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

AS CINCO VIAS

De um modo especial nos meses de férias, podemos olhar extasiados, as maravilhas da criação. Estas maravilhas levam-nos espontaneamente a elevar um hino de glória e de louvor a Deus Pai Criador. Em contrapartida, no nosso dia-a-dia, muitas vezes deparamo-nos com certas fraquezas que nos levam a exclamar como o Apóstolo São Paulo: “Quem me há-de libertar deste corpo que pertence à morte?” (Rm 7, 24-25) São as consequências do pecado original em nós. Sobre isso Nosso Senhor alertou-nos no Evangelho de hoje: “O que sai do homem, isso é que torna o homem impuro. Porque é do interior do coração dos homens que saem os maus pensamentos, as prostituições, roubos, assassínios, adultérios, ambições, perversidade, má fé, devassidão, inveja, maledicência, orgulho, desvarios. Todas estas maldades saem de dentro e tornam o homem impuro.” (Mc 7,20-23)

Sobre isto fala-nos o Catecismo: “Embora próprio de cada um, o pecado original não tem, em qualquer descendente de Adão, carácter de falta pessoal. É a privação da santidade e justiça originais, mas a natureza humana não se encontra totalmente corrompida: está ferida nas suas próprias forças naturais, sujeita à ignorância, ao sofrimento e ao império da morte, e inclinada ao pecado (inclinação para o mal, que se chama concupiscência). O Baptismo, ao conferir a vida da graça de Cristo, apaga o pecado original e reorienta o homem para Deus, mas as consequências para a natureza, enfraquecida e inclinada para o mal, persistem no homem e convidam-no ao combate espiritual.” (Catecismo nº 405) Quais são os meios de vencermos essas tendências neste combate espiritual? São muitos. São João Crisóstomo dá-nos várias dicas preciosas para esta vitória que Nosso Senhor quer conceder a todos os seus filhos muito amados: “Queres que cite as vias da penitência? São muitas, é certo, variadas e diferentes; todas levam ao céu. A primeira via da penitência é a seguinte: a reprovação dos pecados: Sê tu o primeiro a dizer teus pecados para seres justificado (cf. Is 43,25-26). O profeta também dizia: “Disse, confessarei contra mim mesmo minha injustiça ao Senhor, e tu perdoaste a impiedade de meu coração” (Sl 31,5). Reprova também aquilo em que pecaste; basta isto ao Senhor para te desculpar. Quem reprova aquilo em que pecou, custará mais a recair. Excita o acusador interno, a tua consciência, não venhas a ter acusador lá, diante do tribunal do Senhor. Esta primeira é óptima via de penitência. A seguinte não lhe é nada inferior: não guardemos lembrança das injúrias recebidas dos inimigos, dominemos a cólera, perdoemos as faltas dos companheiros. Com isso, aquilo que se cometeu contra o Senhor será perdoado. Eis outra, expiação dos pecados. “Se perdoardes a vossos devedores, também vos perdoará vosso Pai celeste” (Mt 6,16). Queres saber a terceira via da penitência? Oração ardente e bem feita, que brote do fundo do coração.

Se ainda uma quarta desejas conhecer, chamá-la-ei de esmola. Possui muita e poderosa força. Dela fala São Tiago: “A religião pura e sem mácula diante daquele que é Deus e Pai é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e não se deixar contaminar pelo mundo.” (Tg1,27) A quinta é ser modesto no agir e humilde. Isto, não menos que tudo o mais, destrói os pecados. Testemunha é o publicano que não podia citar nada feito com rectidão, mas em lugar disto ofereceu a humildade e depôs pesada carga de pecados.

Indicámos cinco vias da penitência: primeira, a reprovação dos pecados; segunda, o perdão das faltas do próximo; terceira, a oração; quarta, a esmola; quinta, a humildade. Não sejas preguiçoso, mas caminha todos os dias por elas; são fáceis, não podes nem mesmo objectar a pobreza; pois ainda que pela indigência leves vida dura, renunciar à ira e mostrar humildade está no teu poder, bem como orar assiduamente e condenar os pecados; em parte alguma a pobreza é impedimento.

O que digo aqui, naquela via da penitência que consiste em dar dinheiro (falo de esmola) ou em observar os mandamentos, será obstáculo a pobreza? A viúva que deu dois tostões já respondeu. Tendo, pois, aprendido o meio de curar as nossas chagas, usemos deste remédio. E com isto, recuperada a saúde, usufruiremos com confiança da mesa sagrada, correremos gloriosos ao encontro de Cristo, Rei da glória, e alcançaremos os eternos bens, por graça, misericórdia e benignidade de nosso Senhor Jesus Cristo.”
(Cf.http://www.liturgiadashoras.org/oficiodasleituras/21tercaTC.html )

Pe. Marcelo

terça-feira, 25 de agosto de 2009

ELISABETTA SANNA: DEFICIENTE E CANDIDATA AOS ALTARES


Ao voltar da Europa, após o Congresso dos Superiores Maiores Palotinos, realizado em Carranza, na Espanha, em outubro passado, Pe. João B. Quaini trouxe um exemplar da documentação organizada pelo Pe. Francisco Amoroso SAC em favor da beatificação e canonização da Serva de Deus ELISABETTA SANNA, grande amiga, dirigida espiritual e companheira de Vicente Pallotti na fundação da União do Apostolado Católico. A volumosa obra do Pe. Francesco Amoroso - nada menos que 250 páginas - contém uma vasta e completa documentação em torno desta “candidata aos altares”.

Desde que tomei conhecimento de Elisabetta, nos meus anos de mestre de noviços, em Cascavel, fiquei entusiasmado e interessadíssimo em conhecer mais de sua vida, de sua história e de sua santidade. Por isso, ao chegar até nós esta obra, devorei-a em poucos dias... Pe. João, ao ver meu entusiasmo, pediu que elaborasse um escrito para Informações Palotinas. Aqui está meu escorço.

As características fundamentais de Elisabetta, para começo de conversa, são as seguintes: deficiente dos braços, razão pela qual não conseguia alimentar-se naturalmente, nem lavarar-se o rosto, nem pentear-se, nem assoar o nariz; mãe de sete filhos, dos quais cinco sobreviveram; viúva muito cedo; desejosa de conhecer a Terra Santa, foi parar em Roma (ela era da Ilha de Sardenha), onde conheceu Pallotti e com ele tornou-se “a apóstola de Roma”, a “santa de São Pedro”... Vamos conhecê-la melhor!

Primeiramente, deve-se dizer que o processo de beatificação de Elisabetta Sanna foi iniciado logo após sua morte (1857), pois o povo de Roma a tinha por santa. O processo, porém, não andou muito porque “os adversários da causa” argumentavam que ela teria abandonado a família, na Sardenha, razão pela qual foi engavetado por muitos e muitos anos. Só agora, há quase 140 anos de sua morte, o processo é retomado pelo Pe. Jan Korycki SAC, postulador da causa, e auxiliado pelo Pe. Francisco Amoroso. O processo está andando rápido, graças a Deus!

Nascimento, doença e infância
Elisabetta nasceu, no dia 23 de abril de 1788, em Codrongianos, Província de Sássari, na Ilha de Sardenha. Era filha de Salvatore Sanna e Maria Domenica Lai, ambos agricultores, de viva e profunda fé cristã. Tiveram sete filhos, sendo três mulheres, das quais só sobreviveu Elisabetta, e quatro homens, sendo que o primogênito faleceu e o terceiro tornou-se sacerdote (Pe. Antônio Luís).
Naquela região da Sardenha houve uma grande epidemia de varíola, que atingiu a maior parte das crianças. Elisabetta tinha três meses de idade e foi também atingida. Sobreviveu “graças” a uma cirurgia que lhe retirou os nervos dos braços, deixando-os (os braços) “travados” na altura do peito (como vemos no seu retrato). Podia apenas movimentar os pulsos e os dedos. Daí o testemunho de muitos que a conheceram: sua natural incapacidade de lavar-se o rosto, de pentear-se o cabelo, de assoar o nariz, de fazer o sinal da cruz ou de poder tomar o alimento somente com o auxílio de uma colher ou de um garfo presos a um bastonete, que com muita dificuldade e maestria o fazia chegar à boca.
Elisabetta foi crescendo dentro do clima muito religioso de sua família e de sua paróquia, dirigida por longo tempo por seu tio, Pe. Luís Sanna Soggia. Recebeu a primeira comunhão e acompanhava com muita devoção as cerimônias litúrgicas e as freqüentes visitas de sua mãe à igreja, bem como suas orações, jejuns e vigílias. “Tinha ótimas qualidades de espírito e de coração: terreno em que guardava tudo o que se lhe comunicava; capaz de entender, tinha boa memória para reter as coisas, coração caridoso para comunicar aos outros as coisas que ouvia; uma grande fé na palavra do confessor e uma grande disposição para seguir-lhe os conselhos...”

Com quinze anos já era catequista e costumava reunir suas colegas na igreja paroquial, à tardinha, para a oração do terço ou da via-sacra. Seu próprio irmão, Pe. Antônio Luís, testemunhou mais tarde: “Ouvi de minha mãe que Elisabetta era perfeitamente obediente, que nunca havia dado motivo de lamentação, nem a ela e nem ao pai”. E acrescenta: “Ouvi sempre minha mãe elogiar sua filha na presença dos outros filhos, dizendo: ‘nenhum outro filho saiu tão bom como Elisabetta’.. Apesar de sua deficiência, nunca foi ouvida lamentar-se de uma tão grande miséria. Pelo contrário, falava como se fosse uma misericórdia de Deus”.

O casamento e a família
Aos quinze anos, pensando em seu futuro, Elisabetta desejava seguir a vida religiosa e se imaginava no mosteiro de Santa Elisabetta. Nela era clara a idéia de não casar. Sua mãe, porém, tinha outros planos, pois, segundo ela: a) nenhum convento a aceitaria com aqueles braços deficientes; b) nenhuma cunhada quereria ocupar-se dela, quando sua mãe morresse; c) sozinha, como poderia enfrentar a vida? Portanto, deveria casar!

Por incrível e por mais estranho que pareça, Elisabetta recebeu três propostas de casamento. Embora não pensasse em casar, como dissemos, mas por obediência e insistência de sua mãe (às vezes até violenta, conforme as testemunhas) e de seu confessor, aceitou o casamento como disposição divina. De fato, aos 13 de outubro de 1807, com 19 anos, Elisabetta casou com Antônio Porcu “para condescender aos conselhos da mãe e do confessor, ao qual era muito obediente, pois via nele a manifestação da vontade de Deus”.

A respeito de Antônio Porcu, Pe. Antônio Luís, irmão de Elisabetta, atestou: “ era um boníssimo cristão, industrioso e bom pai de família. Tinha quase seis anos a mais de Elisabetta. Era de lindas feições, sadio e robusto”. A própria Elisabetta teria dito, após a morte dele: ”Eu não era digna de tal marido. Tão bom que era!”

Tiveram sete filhos, dos quais cinco sobreviveram. Viviam em perfeita harmonia, de tal forma que serviam de modelo e de bom exemplo “nel paese”. Elisabetta, apesar de sua deficiência, conseguia fazer tudo em casa, inclusive o pão. Sua casa estava sempre limpa e ordenada. O próprio marido, quando seus companheiros caçoavam dele, dizia: “Minha mulher não é como as vossas. Elisabetta tem todas as características de uma mulher santa...” Apesar da impossibilidade de carregar os filhos ao colo ou de abraçá-los, conseguiu criá-los com muito carinho.

Com apenas 18 anos de casados, em 1825, faleceu-lhe o marido, de um mal repentino e grave. Deixou para Elisabetta o cuidado dos cinco filhos, que tinham entre 17 e 3 anos de idade. Ela não perdeu o ânimo. Pelo contrário, acreditava entender o plano de Deus: agora, depois da riquíssima experiência da vida conjugal, abriam-se-lhe as portas da tão sonhada consagração religiosa, pelo “voto de castidade perpétua”, que de fato se concretizou, em 1829, diante de seu confessor, Pe. José Valle, recém-chegado a Codrongianos. (Daí por diante este padre passou a ter um papel determinante na vida de Elisabetta).

Seu irmão, Pe. Antônio Luís, foi quem passou a ajudá-la no cuidado dos filhos e a responsabilizar-se por sua educação e por seu futuro.

A viagem à Terra Santa e sua ida a Roma
Na Quaresma de 1829, esteve em Codrongianos Frei Luís Paulo de Ploaghe, um franciscano que conhecia a Terra Santa. Em diversas pregações falou sobre os Santos Lugares e Elisabetta ficou de tal forma impressionada que decidiu conhecer os “lugares banhados pelo sangue do Redentor”. Nos primeiros meses de 1830, dirigiu-se ao seu confessor, Pe. José Valle, e lhe expressou o desejo ardente de ir à Terra Santa. Este mostrou-lhe os perigos e os imprevistos de uma viagem tão longa e lhe mostrou a inconveniência de deixar os filhos sem mãe. Ela o escutou e lhe obedeceu, mas, em julho do mesmo ano, voltou a fazer o mesmo pedido ao Pe. Valle que, por fim, decidiu deixá-la ir e se ofereceu para acompanhá-la.
O argumento, que mais tarde Pe. Valle aduziu em favor da partida de Elisabetta à Terra Santa, foi o seguinte: sua ida à Terra Santa não só não era um prejuízo para a família, mas, pelo contrário, um bem, pois aquela família, passando aos cuidados de seu irmão Pe. Antônio Luís, teria um futuro melhor... Para Elisabetta, na verdade, tornara-se quase uma obsessão ir à Terra Santa, pois sua vida estava por demais voltada às coisas de Deus e ao permanente desejo de consagrar-se totalmente a Ele, desde sua infância. Era a voz de Deus a falar-lhe bem alto. Agora decidiu seguí-la.
Aos 24 de junho de 1831, juntamente com seu confessor, Pe. José Valle, Elisabetta partia em direção à Terra Santa. No dia 29 desembarcaram no porto de Gênova, à espera de um outro barco que os levaria naquela direção. Logo apareceu um que iria até Chipre. Ao apresentar seus passaportes, foi-lhes dito que necessitavam do visto do Ministro de Turim, e isso levaria um mês... Não teriam dinheiro suficiente para permanecer um mês em Gênova e então decidiram ir a Roma. “Eis aqui - diz Pe. Valle - a manifestação da Divina Providência: vamos a Roma e de lá, se os céus quiserem, partiremos para a Terra Santa!”
A viagem durou de 9 a 23 de julho, em carroça, carreta, a pé, entre fome, sede e o sol quente do verão europeu. Uma verdadeira aventura, sobretudo para uma deficiente. Ao longo da viagem, visitavam cidades, igrejas, santuários e outros lugares santos, como Cássia (Santa Rita).
Ao chegar a Roma, Pe. Valle conseguiu logo ser capelão do Hospital de Santo Espírito. E Elisabetta? Pe. Valle conseguiu para ela um quartinho, no último piso de um casarão paralelo à fachada da Igreja de Santo Espírito, junto à rua que conduz às colunas da Basílica São Pedro. Além disso, deixou-lhe algum dinheiro e, sempre que podia, visitava-a e levava-lhe algum alimento, até que ela mesma conseguisse arranjar-se sozinha. Diga-se de passagem: Elisabetta era analfabeta e só sabia falar o sardo, dialeto da Sardenha, que ninguém em Roma entendia, a não ser um ou dois confessores do Vaticano.
Em Roma e o encontro com Pallotti
Ao encontrar esse lugar para Elisabetta, Pe. Valle a recomendou a algumas senhoras, que moravam em quartos vizinhos, e dela se fizeram amigas. Ela, por sua vez, com sua maneira edificante de portar-se, atraiu logo a simpatia delas, de tal forma que em seguida a levaram a visitar igrejas, a assistir programações religiosas etc. E, a fim de que ficasse melhor para ela, indicaram-lhe um quartinho de 2,30 de comprimento por 2,00 de largura, no segundo piso, na praça da sacristia da Basílica São Pedro. Ali ela tinha uma cozinha, com forninhos e pia. Uma senhora levou-lhe uma cama de tábuas, um colchão de palha e um cobertor, embora ela continuasse a querer dormir no chão.
Seus dias transcorriam entre visitas a igrejas, muitas missas diárias na Basílica ou em outras igrejas que havia nos arredores, adoração ao Santíssimo Sacramento, novenas, via-sacras, visitas a doentes e a pobres, bem como o cuidado das coisas e das roupas do Pe. Valle, que em pouco tempo teve que deixar a capelania do Hospital do Santo Espírito. Era para ele mãe e irmã: cozinhava, lavava a roupa, confeccionava meias e barretes etc.
Por diversas vezes e por insistência de seus familiares, particularmente de seu irmão Pe. Antônio Luís, com quem mantinha freqüente correspondência, através do Pe. Valle, que por sua vez seguia as instruções do Pe. Loria - o confessor de Elisabetta, em Roma, que entendia o sardo - esteve por retornar à sua família, em Codrongianos, ao menos para ver seus filhos. Infelizmente, ao propor-se, logo adoecia e não tinha condições de viajar. A última tentativa foi quando o Dr. Petrilli, diante da possibilidade de ela empreender tal viagem, obrigou-se a responder em consciência: “Sofrendo há muito tempo de uma molestíssima palpitação, sou de opinião que, empreendendo uma outra viagem semelhante à anterior (da Sardenha a Roma), poderia ir ao encontro de um mal-estar ainda pior”. Tanto ela como seu confessor entenderam como vontade divina que permanecesse em Roma para sempre.
O encontro com Pallotti teria começado provavelmente em 1832, quando, tendo ouvido muito falar dele e de sua santidade, desejou tê-lo como confessor. A primeira confissão aconteceu na igreja das Graças, na festa do Redentor. Este fato marcou a trajetória de 18 anos de orientação espiritual (até a morte de Pallotti) e de amizade entre Sanna e Pallotti. O incrível é que Pallotti não conhecia o sardo (única língua que Elisabetta falava) e no entanto ele a entendia e se fazia entender por ela.
A idéia de voltar a Codrongianos, imaginando que sua família estivesse precisando dela, continuava a perseguí-la, embora soubesse que sua sáude não lhe permitia tal viagem. Certo dia Pallottti lhe disse: “Coragem, filha! A tua família não tem necessidade de ti. Ao contrário, será a maravilha e a inveja de toda a vila”. A profecia se realizou, pois o irmão sacerdote lhe escreveu que estava maravilhado e edificado com sua família, que servia de exemplo a toda a vila e fazia inveja a todos...
Até 1839 Elisabetta se ocupou do Pe. Valle, que depois retornou à Sardenha. Ocupava-se igualmente do Cardeal Soglia, cuidando dele todos os dias e todo o dia. Deixada a Casa Soglia, passou a se ocupar em tudo da instituição dos Sacerdotes da Missão Católica, fundada por Pallotti. Trabalhava para eles e para as Palotinas. Cuidava dos paramentos sagrados da liturgia e das toalhas dos altares. Com Dona Rinaldi, que era como uma irmã para ela, fazia as orações e os exercícios de piedade e, muitas vezes, as refeições. Dona Rinaldi ajudava-a na limpeza do quarto e em sua higiene pessoal. Enquanto isso, Elisabetta “era ao extremo compassiva com os pobres, ajudava-os o quanto podia, dando-lhes quase tudo o que recebia da caridade do povo. Visitava os doentes nos hospitais e especialmente naquele de San Giacomo, instruindo-nos na Doutrina Cristã e motivando-os a receberam os sacramentos. Procurava acabar com as discórdias nas famílias”.
Pallotti havia aberto um orfanato para meninas em Santa Ágata e outro na Ladeira de Santo Onofre, no Gianícolo, além de quatro escolas noturnas para artesãos, e Elisabetta fez seu todo o apostolado do seu Diretor Espiritual (Pallotti), com o qual propunha “reavivar a fé com todos os meios oportunos e reacender a caridade em todo o mundo a fim de que acontecesse, quanto antes, segundo o desejo de Jesus Cristo, um só rebanho com um só Pastor”.
Pe. Rafael Melia atestou dela: “Não existia nela nenhum apego à sua vontade, nenhum interesse próprio. Nunca agia por conta própria ou por sua vontade, mas somente para cumprir a vontade de Deus, que lhe vinha manifestada na obediência” (ao seu Diretor Espiritual). E continua o Pe. Melia: “Conheci-a sempre igual, sempre operosa, sempre tranqüila em Deus. Quando algum membro da Sociedade se mostrava incerto ou temeroso pelo futuro do Instituto, cheia de zelo o animava a ter confiança em Deus e no Fundador”... “Desde que começou a minha Sociedade - diz Pe. Melia - à qual ela pertencia e da qual foi especial promotora, mostrou-se para os seus membros mãe premurosíssima de seu bem espiritual, usando do aconselhamento, da oração e de qualquer meio de caridade cristã, para animá-los a assimilar o verdadeiro espírito e as virtudes do Fundador e a manter-se em paz, união e caridade”... “Considerava - é ainda Melia que fala - a nossa família como sua e, como mãe solícita, desejava que ela tivesse tudo o que fosse necessário. Ela mesma confeccionava nossas meias, providenciava para nós os lençóis, os cobertores e a comida. Dava-nos o dinheiro e quanto recebia da generosidade dos fiéis. Na medida em que Deus lhe dava, entregava tudo para nós. Enquanto era assim tão generosa para conosco, ela vivia na maior penúria”..
Morte e sepultamento
Em 1850, morre Pallotti. Em 1857, morre Elisabetta. Sua morte foi precedida de uma febre muito forte e de uma inflamação no peito, de que sofria freqüentemente e que suportava com “admirável resignação e paciência”.
Era 17 de fevereiro de 1857. Estava presente à sua morte apenas o Vigário Cooperador da Basílica São Pedro. Nenhum de seus amigos e amigas.. A esse respeito diz Pe. Amoroso: “Uma morte na solidão e na mais extrema pobreza.. Mas alguma coisa começou a ressoar por longo tempo”.
Seu corpo ficou exposto por dois dias, sobre tábuas, na entrada do edifício onde estava sua pequena habitação. Durante os dois dias, foi grande a afluência de gente de todas as classes sociais. Muitos diziam: “Morreu Santa Elisabetta!” “Morreu a Santa!”.. Daí seu corpo foi levado para San Salvatore in Onda (a igreja dos Palotinos), onde ainda ficou exposto por dois dias, pois era muita a gente que desejava despedir-se dela, beijar-lhe os pés ou a fronte, ou então tocar com objetos em seu corpo. As testemunhas afirmaram, a respeito do seu corpo: “Nos quatro dias, com estupor de todos, a fisionomia da Serva de Deus ficou inalterada; nenhum sinal de decomposição; nenhum mau cheiro; parecia adormecida e o corpo se conservou flexível...”
Pe. Melia havia solicitado ao Cardeal Vigário a permissão para enterrar Elisabetta na igreja da SAC, junto a Pallotti, o que lhe foi concedido, mediante as seguintes razões: a) Elisabetta esteve 24 anos sob a direção espiritual do Pe. Vicente Pallotti, Fundador da Sociedade, enterrado naquela igreja; b) fez parte da Sociedade, desde sua fundação; c) dedicou seu trabalho à Sociedade durante a vida e também depois da morte do Fundador, até que ela viveu.
Conclusão: há lugar entre os santos para uma deficiente física?
É uma graça poder conhecer a vida desta santa: é um exemplo paradoxal de mulher, de mãe, de viúva, de cristã, de leiga consagrada, de apóstola, de deficiente física e de santa.
Ao concluir esta tentativa de síntese de sua vida, desejo simplesmente traduzir para os leitores uns trechos da “conclusão” do Pe. Amoroso em seu vasto documentário a respeito de Elisabetta Sanna.
“Elisabetta é uma camponesa sarda. Não freqüentou nenhuma escola e não aprendeu nunca a ler. Com três meses a varíola pregou-lhe os braços e carregou por toda a vida esta deficiência, que lhe impedia de levar o alimento à boca com as mãos. A viagem por mar da Ilha a Gênova e aquela, em grande parte a pé, de Gênova a Roma, no verão de 1831, provocaram-lhe, com a artrite, uma série de males, que lhe tornaram precária e penosa a existência e, de 1850 em diante, a prenderam entre o quartinho escuro, onde morava, e a Basílica São Pedro, que distava uns cinqüenta passos de sua habitação. Humildade, pobreza e constante e profunda união com Deus foram as notas distintivas de sua vida”.
“A vida de Elisabetta foi, pois, uma vida de apóstolo. E uma camponesa que se torna apóstolo, uma mãe de família que se ergue como luz de contemplação, uma deficiente que se torna Santa, é certamente um dom precioso de Deus justamente para a nossa sociedade contemporânea, envolta em um paroxismo hedonístico, que destrói a vida e pratica o culto do eu, que desperta ciúmes, vinganças, contrastes, ativismos e guerras.
Em uma sociedade que vê o sofrimento como uma maldição e uma deficiência e como um fato intolerável e procura a libertação através da vingança, da droga, da eutanásia e do suicídio; para uma sociedade na qual a destruição dos não-nascidos se torna um direito, Elisabetta, deficiente e sofredora a vida inteira, que vive para a alegria dos outros, é um raio de luz, que se abre como caminho para o desespero dos deficientes, - hoje sempre mais numerosos -, dos marginalizados, dos idosos e dos doentes não cuidados e abandonados a si mesmos e à sua tristeza. E não será um dom da Misericórdia do Pai Celeste que suba aos Altares esta deficiente física, mãe de família, distante dos filhos, exatamente neste tempo em que se arranca um filho de sua fonte de vida com a irresponsabilidade com que se arranca um fruto da árvore onde desabrocha, se cortam inumeráveis vidas humanas como se corta o feno, se mata por dinheiro, vingança, capricho, e o número dos deficientes, por guerras inescrupulosas e acidentes cotidianas multiplica-se?”
“Para todos os sofredores Elisabetta é um farol. Aquilo que pareceu uma condenação, uma frágil corrente, com esta camponesa pode tornar-se instrumento de ressurreição, uma escada para o céu, através de uma privilegiada participação na redenção oferecida por Jesus Cristo, Filho de Deus, Redentor do Mundo, exatamente através de sua adorável Paixão”.
Pe. Casimiro Facco

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

EU E A MINHA CASA SERVIREMOS O SENHOR

Para nós todos é muito claro a importância fundamental que a família exerce em nossa vida. Deste modo, Nosso Senhor que é o autor da família, hoje nos chama a fazermos parte da Sua grande família que é a Igreja que tem muito a iluminar cada família particular.

Na primeira leitura de hoje vemos Josué reunindo uma assembleia do povo de Deus em Siquém, antes que eles se dispersassem para tomar posse da terra prometida que já tinham, com a ajuda de Deus, conquistado. Depois de fazer um longo discurso lembrando de todos os factos prodigiosos que o Senhor tinha operado em favor deles até aquele dia, Josué coloca ao povo uma decisão muito importante: “E se vos desagrada servi-lo, então escolhei hoje aquele a quem quereis servir: os deuses a quem vossos pais serviram, do outro lado do rio, ou os deuses dos amorreus cuja terra ocupastes, porque eu e a minha casa serviremos o Senhor.” (Josué 24,15) Porque Josué disse “eu e minha casa serviremos o Senhor” e não somente “eu servirei”? A resposta é muito clara: a influência que o matrimónio tem na vida das pessoas. Josué sabia dos riscos de, através do casamento com pessoas de outros povos, eles irem adquirindo hábitos pagãos. De facto, mais tarde no Salmo 106 Nosso Senhor queixa-se: “…misturaram-se com esses povos e aprenderam os seus costumes. Prestaram culto aos seus ídolos, que foram para eles uma armadilha.” (Salmo 106,35) Não é um facto, hoje em dia, que muitos jovens cristãos se afastam de Deus e da Igreja na época do namoro? Muitos, felizmente, depois retornam.Na segunda leitura e no Evangelho vem falando da grande família de Deus que é a Igreja. Vemos como a Eucaristia “faz a Igreja”: “Quem realmente come a minha carne e bebe o meu sangue fica a morar em mim e Eu nele. Assim como o Pai que me enviou vive e Eu vivo pelo Pai, também quem de verdade me come viverá por mim.” (Jo 6,56) “A partir daí, muitos dos seus discípulos voltaram para trás e já não andavam com Ele.” (Jo 6,66). Jesus porém não voltou atrás no que dissera, nem disse que eles tinham entendido errado. Pelo contrário, “… disse aos Doze: «Também vós quereis ir embora? (Jo6,67) Simão Pedro, não responde só em seu nome, mas como um novo Josué, falando no plural, responde em nome da família que é a Igreja: «A quem iremos nós, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna! Por isso nós cremos e sabemos que Tu é que és o Santo de Deus.» (Jo6,68-69)

Comungar o Corpo de Cristo é comungar o Cristo todo, inclusive com os desejos do Seu Coração. É por isso que a oração inicial da Santa Missa de hoje (colecta) reza assim: “Senhor Deus, que unis os corações dos vossos fiéis num único desejo, fazei que o vosso povo ame o que mandais e espere o que prometeis, para que no meio da instabilidade deste mundo, fixemos os nossos corações onde se encontra as verdadeiras alegrias. Por Nosso.….” E qual o único desejo do Coração de Jesus? Fazer a vontade do Pai, submeter-se ao Pai que lhe submeteu todas as coisas. Ai se entende o que São Paulo recomenda às famílias cristãs: “Submetei-vos uns aos outros, no respeito que tendes a Cristo: as mulheres, aos seus maridos como ao Senhor, porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da Igreja - Ele, o salvador do Corpo…Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela,…” (Ef 5,21.25) Alguns, com a mentalidade moderna, escandalizam-se com as palavras de São Paulo. Esquecem-se do detalhe do início da recomendação: “…no respeito que tendes por Cristo.” Existiu alguém que obedeceu mais do que Jesus? Obediente ao Pai no mistério da Encarnação; obediente às suas criaturas: seu pai adoptivo, José e sua mãe Maria Santíssima; rezava para descobrir a vontade do Pai; obedeceu até a morte e morte de cruz. “Por isso mesmo é que Deus o elevou acima de tudo e lhe concedeu o nome que está acima de todo o nome…”. (Ef 2,9) Esquecem-se também que esta submissão é mútua: A mulher que respeita o marido provoca um efeito colateral maravilhoso: o marido ama-a e acaba por submeter-se-lhe também. Num casamento, Jesus e Maria, protótipos da humanidade renovada, deram um lindo exemplo disso aos recém casados: “«Não têm vinho!» Jesus respondeu-lhe: «Mulher, que tem isso a ver contigo e comigo? Ainda não chegou a minha hora.» Sua mãe disse aos serventes: «Fazei o que Ele vos disser!» (Jo 2,3-4) E o milagre aconteceu. Sujeição mútua por amor: Impossível? Com Deus, na oração, com Jesus Eucarístico é possível.
Pe. Marcelo

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Semana Nacional da Família

Entre os dias 10 e 14 de agosto, vivemos na paróquia de São Sebastião em Itaipu, a Semana da Família. Este ano, a revista Hora da Família lançou o tema “Família, Igreja doméstica, caminho para o discipulado” e baseados neste tema, a pastoral familiar dividiu cinco sub-temas para serem desenvolvidos e partilhados por casais convidados.Os encontros aconteceram na Igreja Matriz, durante a missa de 20h, com grande participação das famílias de nossa comunidade paroquial.
No primeiro dia, a liturgia foi preparada pela UAC / Itaipu quando recebemos o casal da Comunidade, Anunciadores da Misericórdia, Marlon e Cleide que partilharam conosco o sub-tema Família, Espaço de Encontro e Lugar de Segurança. No segundo dia, a Comunidade Santos Anjos, preparou a liturgia e o seu fundador Paulo com sua esposa Lívia falaram sobre “Sem o domingo não podemos viver”.
No terceiro dia, o casal Ademar e Carla da Pastoral da Sobriedade, deram testemunho sobre a iniciação cristã dos membros de sua família e as mudanças operadas em seu lar, com a liturgia da capela Sagrada Família e celebração do Pe. Casimiro. No quarto dia, a liturgia foi preparada pela Matriz e missa presidida pelo Pe. Casimiro, onde tivemos o diácono de nossa Paróquia Valdir com sua esposa Claudia, dissertando sobre o tema: Viver a alegria de ser missionário, catequese caminho para o discipulado.
No último dia tivemos o casal Elias e Luciane, coordenadores do Encontro de Adolescentes com Cristo que nos falaram sobre: Ser feliz na Comunidade.
Todos os dias após a apresentação do tema, todos eram recebidos para saborearem no salão paroquial, deliciosos caldos e sobremesas preparados por nossos paroquianos. Foram noites de encontro, reflexão, formação e partilha, que já nos deixaram com água na boca para o próximo ano.

Vera Regina

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

JUVENTUDE PALOTINA

Irmão e Irmã Palotino(a),
A Paz de Jesus e o Amor de Maria estejam com vocês!

Meu nome é Marlon José Higino da Roza, advogado, atualmente Coordenador Nacional da Juventude Palotina do Brasil, domiciliado em Curitiba, Estado do Paraná. Na Coordenação da Juventude Palotina do Brasil trabalham outros jovens da Juventude Palotina de diversas localidades do Brasil.

Quando falamos de Juventude Palotina surge na cabeça das pessoas diversas perguntas: “quem é jovem palotino?”; “eu sou jovem palotino?”; “o que precisa ser para ser um jovem palotino?”; “para ser jovem palotino precisa participar de uma comunidade palotina?”. Enfim, são vários os questionamentos a respeito do tema.

Não obstante suas explicações, a Juventude Palotina é por essência algo simples de se entender, muito diferente do que a princípio pensamos, mas como por característica do carisma palotino, é muito difícil de se viver, as quais vejamos...

Primeiramente seu conceito básico: Juventude Palotina nada mais é do que um “movimento jovem que tem a vida e obra de São Vicente Pallotti como exemplo a ser seguido”.

Ok, mas e como é foi a vida de Pallotti e como contextualiza sua obra? Complexa a pergunta, correto? Ao primeiro momento para viver é sim, mas FELIZMENTE ela seja assim, pois muitos acreditam que é por ser assim é que temos um Santo (que “me parece”) atualizadíssimo sempre, por conta de suas características e principalmente por seu carisma unificador.

Grande “sacada” de São Vicente Pallotti foi exatamente esta, criar a União do Apostolado Católico para nos presentear... ele nos presentear? Não, tão humilde e maravilhoso foi Pallotti que ele não gostava nada nada em saber que podia ser criado uma “congregação” ou ser falado seu nome aos 4 cantos, ele sim queria que com a “UAC” seus membros consistiui-se na mais perfeita e prática imitação da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo, razão por que as regras e normas das casas da união são todas fundadas sobre e inerentes à vida do próprio Nosso Senhor Jesus Cristo, ou seja, deixou mesmo claro que isso tudo não foi sua obra, não foi sua criação, mas sim totalmente uma obra divina, que Deus presenteou a ele e a todos que se apaixanam pela idéia possam viver desta forma.Assim surge “o jovem palotino”. O jovem palotino, também como membro da União do Apostolado Católico, procura imitar em cada um de seus dias a vida do Nosso Jesus Cristo.

Nós, da Juventude Palotina do Brasil, procuramos viver na essência os ensinamentos deixados por nosso Santo Fundador, São Vicente Pallotti; sentimos que o caminho em busca da Nova Civilização do Amor se dará apenas com a UNIÃO de todos os membros da igreja católica.

Buscamos fervorosamente, através do carisma palotino que nos impele, viver a União do Apostolado Católico a todo instante, acreditando que apenas através desta união conseguiremos caminhar no projeto evangelizador de Jesus Cristo.

Acreditamos que somos parte da U.A.C. - União do Apostolado Católico (identidade fundada por São Vicente Pallotti), e desta forma buscamos trabalhar juntamente com padres, irmãs e leigos palotinos.

Lembrando que este é o básico para entender a questão conceitual, importante mesmo é participar de nossos encontros, missões, congressos, do Conselho Local da UAC de sua cidade e também, se possível do ISEP e Semana Jovem Palotina, para que possa compreender isso tudo com maior clareza.

Através da UAC – União do Apostolado Católico, nós (Juventude Palotina) como membros desta UNIÃO trabalhamos em conjunto para que possamos, com a troca de conhecimentos e experiências, melhorar ainda mais os trabalhos nas pastorais que trabalhamos (tais como: grupos de jovens, grupo de música, catequese, etc.).

Exemplificando: Uma cidade que temos duas paróquias palotinas e 3 comunidades em cada uma delas, com seminário palotino na cidade, com casa de formação das noviças palotinas, com pastoral da juventude, setores, comissão juventude, entre outros; a UNIÃO de todos esses juntos forma o que dizemos: “Juventude Palotina da cidade X”. (obs.: para compor a “perfeita” juventude da cidade é sim necessário lutar para que haja a UNIÃO de todos os trabalhos citados acima, porém, não necessariamente precisa ser de uma paróquia palotina, ou melhor, não precisa se quer ter em sua cidade algum membro palotino para ser um jovem palotino, basta que você ou seu grupo se identifiquem com o carisma, procure as características básicas citadas anteriormente e continuar uma formação palotina, o que é de fundamental importância).Sabemos que temos jovens palotinos em todas as comunidades palotinas do mundo e jovens também que se identificam com tal carisma, mas que não vivem próximos a paróquias palotinas. No entanto, sabemos que nem todos os trabalhos realizados por estes jovens estão pautados na identidade da União do Apostolado Católico de ser (quase como uma UAC Jovem) e é também neste sentido que trabalhamos.

Atualmente essas são as cidades que estamos trabalhando: Arapongas-PR, Ariquemes-RO, Cachoeira de Macacu-RJ, Camacan-BA, Cambé-PR, Campo Grande-MS, Cascavel-PR, Codó-MA, Cornélio Procópio-PR, Curitiba-PR, Dourados-MS, Fátima do Sul-MS, Goiânia-GO, Itaperuna-RJ, Londrina-PR, Manaus-AM, Mandaguari-PR, Martinópolis/Teçainda-SP, Montes Claros-MG, Niterói-RJ, Novo Airão-AM, Palotina-PR, Pau Brasil-BA, Porto Velho-RO, Presidente Prudente-SP, Ribeirão Claro-PR, Rio de Janeiro-RJ, São Bernardo do Campo-SP, São Paulo-SP, Santa Maria-RS, Volta Grande-MG. ARGENTINA, BOLIVIA, ITALIA, MOÇAMBIQUE e URUGUAI.Já trabalhamos com encontros nacionais e diversos projetos missionários em várias cidades por todo país e hoje tempos como projetos:
- A Missão Jovem Palotina (a última aconteceu neste feriado 11a14/06/2009 em Itaperuna-RJ), da qual jovens do Brasil e da América do Sul buscam realizar o trabalho evangelizador (sócio-religioso na entidade familiar) de acordo com a necessidade da região visitada. São 4 dias de trabalho, dos quais são visitadas cerca de 300 famílias; fazemos trabalhos nas catequeses, grupos de jovens, creches, entidades filantrópicas e outras organizações que existam na região.
- Trabalhamos com os Encontros Nacionais, onde jovens do Brasil se encontram para discutir a respeito do carisma palotino, estudando, rezando e aperfeiçoando-se na espiritualidade e no amor de Cristo. Nele também trabalhamos na formação de novas lideranças, objetivando que os jovens coordenadores de suas regiões se encontrem para uma formação mais aprofundada a respeito de todas as ações realizadas pelo movimento dos palotinos e assim possam voltar as suas regiões preparadas para novos projetos e sonhos.
- No ano de 2009 estamos também trabalhando com um novo projeto, o “Jovem em Ação”, trabalho este que os jovens “extrapolam” a questão do trabalho evangelizador e passam a ajudar também a comunidade carente no trabalho social (independente de sua religião, credo, etc) dando todo auxilio/suporte para uma vida mais digna. Este projeto é espelhado no projeto criado pela ONU (8 jeitos de mudar o mundo) criado em 2000.
- Entre outros.

Estes são alguns dos projetos da Juventude Palotina do Brasil; é desta forma que a Juventude Palotina vem trabalhando ao longo de seus quase 40 anos. E é através do carisma palotino de “reavivar a fé e reascender a caridade” que os Jovens Palotinos do Brasil buscam, de alguma forma, ajudar a Deus na construção da Nova Civilização do Amor.
Por gentileza, repasse este texto aos jovens das comunidades palotinas que conheça também.
Entrem em contato conosco...VENHA! Trabalhe com a gente na busca de um mundo melhor e na construção da vida dos nossos jovens do mundo todo!
Caso necessite, teremos um ENORME prazer de visitar e proferir um grande encontro para melhor explicar a Juventude Palotina.
É uma alegria IMENSA estar "falando" contigo...

“A Caridade de Cristo nos Impele” – São Vicente Pallotti

Abraços e fiquem com Deus!
Marlon José Higino da Roza
Coordenador da Juventude Palotina do Brasil
55 (41) 9965-4712 / 55 (41) 3266-4051
www.juventudepalotina.org
marlon_civilizacao@hotmail.com

domingo, 16 de agosto de 2009

JUBILEU DE OURO

A Paróquia Nossa Senhora da Glória em Manaus neste ano celebra com grande alegria, não só a festa da padroeira, mas também o jubileu de ouro da bênção e da primeira Missa na igreja. Há 50 anos atrás, junto com a igreja, começou a história da paróquia, que foi assumida há 17 anos pelo trabalho dos padres palotinos.
“15 de agosto de 1959. Hoje, às 16:30h, saiu a procissão em honra de N. Sra da Glória de sua antiga capela, levando não somente a imagem da Padroeira, mas todas as imagens, saíram na procissão para não mais voltar para a capela, mas para entrar oficialmente na igreja nova. Na presença do mundo oficial e muita gente, o Sr. Arcebispo (Dom João de Souza Lima) benzeu a nova igreja. Logo em seguida, o Arcebispo celebrou a primeira missa. (...) Nesta altura a igreja não estava terminada: faltava torre, reboco dentro e fora, janelas, pinturas, etc... mas foi o desejo do Sr. Arcebispo de benzer a igreja neste dia. Vale ressaltar a extraordinária colaboração do povo do Bairro da Glória que sem cessar se esforçou antes e durante a construção trazendo pedras, carregando areia e tijolos para o local, oferecendo os meios financeiros...” (trecho tirado do Arquivo da Paróquia).
O atual pároco, Pe. Stanislaw Krajewski SAC, para agradecer a Deus todas as graças recebidas durante os 50 anos de orações nesta igreja, junto com todos paroquianos celebrou a novena em honra a Nossa Senhora da Glória.

“Durante a festa agradecemos a Deus pelos padres da Congregação do Espírito Santo e o povo gloriano, que construíram nossa igreja; pelas santas Missas, orações, louvores e sacramentos realizados na igreja Nossa Senhora da Glória”, falou o Pe. Stanislaw. Como essa igreja está ligada à história dos Padres Holandeses da Congregação do Espírito Santo, das Irmãs Dorotéias, que contribuíram generosamente para o crescimento espiritual e educacional do povo gloriano, e nos últimos anos os Padres Palotinos, a devoção por Nossa Senhora da Glória é muito grande.

Tão grande que o nome do bairro é fruto da fervorosa devoção mariana do povo. “Nos anos 50, do século XX, um grupo de católicos do antigo Bairro Matadouro recebeu uma pequena imagem que foi chamada de Nossa Senhora da Glória. Esta imagem peregrinava pelas casas do bairro e o povo rezava o terço, até que iniciou-se às novenas em honra de Nossa Senhora da Glória. Com a construção da igreja as novenas nas casas foram desativadas pois tudo passou a ser realizado dentro da igreja”, explicou Pe. Stanislaw.
Para celebrar o jubileu de 50 anos da bênção e da primeira Missa na igreja, foi celebrado o novenário, durante o qual, vários padres apresentaram o tema central “As glórias de Maria”. Deste modo o povo gloriano poderia preparar- se para o festejo do Padroeira.

O ponto alto dos celebrações foi a procissão no dia 15 de agosto, que percorreu as ruas do bairro com a imagem de Nossa Senhora da Glória. Na procissão junto com o povo, participou o arcebispo de arquidiocese de Manaus Dom Luís Soares Vieira e foi animada pela banda da PM que tocou cânticos marianos.

Logo depois da procissão começou a Santa Missa celebrada por Dom Luís em honra de Nossa Senhora da Glória. O Arcebispo lembrou a importância de ter Nossa Senhora como nossa mãe, e falou da alegria que já há 50 anos, o povo de Manaus pode participar das missas e louvar a Deus neste templo.
Depois da Missa todos foram convidados para festejar, com um bolo de 2 metros, o aniversário da igreja.